2014.
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QUA. 18 ABRIL / 21h30
Pequeno Auditório da Culturgest
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Feltro
André Gonçalves . sintetizador modular, sistema mecânico-lumínico
Com um currículo notável no domínio das músicas mais experimentais (predominantemente electrónicas), André Gonçalves tem vindo a desenvolver um fascinante corpo de obra a solo sob o nome de Feltro. Explorador incansável e minucioso das particularidades do som enquanto matéria, Gonçalves chega à melodia por intermédio do processamento desse mesmo som impoluto, através do computador e de objectos electrónicos criados ou modificados por ele mesmo. Partindo de um conhecimento profundo desse vasto campo tecnológico, o seu trabalho incorre numa manifestação sapiente de todo um mundo de possibilidades a ganhar forma.
+ info: www.andregoncalves.info
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Calhau!
Alves Von Calhau . objectos . electrónicas
Marta Von Calhau . objectos . electrónicas
Um dos projectos mais inclassificáveis do panorama da música experimental/exploratória em Portugal, este duo formado por Alves e Marta Von Calhau! tem procurado levar a manipulação e recriação de brinquedos, gira-discos e demais objectos electrónicos para campos cada vez mais personalizados. Sediados no Porto, os Calhau! têm vindo a desenhar um fascinante arco evolutivo, onde uma música feita de sons inqualificáveis serve de estrutura para temas onde a performance assume um papel determinante para a construção de um imaginário bizarro. Tendo o palco como local privilegiado para a acção, os Calhau! propõem sempre uma nova abordagem a cada nova aparição. Reflexo de um trabalho contínuo de exploração dos limites da canção nascida no seio do abstraccionismo.
+ info: www.einsteinvoncalhau. com
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QUI. 19 ABRIL / 21h30
Pequeno Auditório da Culturgest
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Tó Trips
Tó Trips . guitarra acústica
Figura essencial para o rock – nas suas diversas frentes – feito em Portugal nos últimos 25 anos, Tó Trips é senhor de uma carreira com passagem por projectos tão meritórios como os Santa Maria, Gasolina em teu Ventre ou os Lulu Blind. Em tempos mais recentes tem estado particularmente activo nos Dead Combo, de onde retirou ilações para aquilo que tem vindo a criar enquanto solista. Numa abordagem ao instrumento despida de grandes artifícios, Tó Trips cria peças intimistas com uma forte componente imagética de lugares incertos mas sempre envolventes.
+ info: www.vimeo.com/9184453 – www.vimeo.com/9184235 – www. myspace.com/totripsguitar
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Olive Troops SOS
Carlos Nascimento . composição
Bruno Silva . direcção musical
Vitor Lopes . arranjos
Tendo já colaborado entre si em várias ocasiões através de projectos como Osso e Brisa Panaca, Vítor Lopes, Carlos Nascimento e Bruno Silva reuniram-se pela primeira vez enquanto trio com o nome de Olive Troops SOS. Explorando as potencialidades da electrónica numa vertente improvisada, a música deste trio conjura influências tão diversas como o dub, o krautrock ambiental ou alguma música de dança britânica mais cerebral do início dos anos 90. Recorrendo a um diálogo aberto entre sintetizadores, gravações de campo e percussão, os três músicos embrenham-se em longas peças que progridem em direcção a uma dimensão volátil.
+ info: olivetroopsos.bandcamp. com
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SEX. 20 ABRIL / 21h30
Pequeno Auditório da Culturgest
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João Alegria Pécurto
João Alegria Pécurto . guitarras
Tal como a sua música, João Alegria Pécurto tem vindo a revelar-se com extrema parcimónia e sem quaisquer pressas. Com olho na descoberta, Pécurto desenvolve na guitarra acústica peças de uma beleza transparente, de rendilhados ternos e hipnóticos que se vão sobrepondo em sucessivas camadas. Suspendem-se no tempo, como se convidassem à reflexão sem nos atirar quaisquer conjecturas à cabeça. Gravado em casa com aquela calma que só o lar pode proporcionar “Um lugar de silêncio, para que tudo cante na tua ausência” foi o disco que abriu o caminho para o músico, numa altura em que se esperam novos registos para breve, de um nome ainda por descobrir convenientemente.
+ info: joaoalegriapecurto. bandcamp.com
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Carlos Bica / Norberto Lobo
Carlos Bica . contrabaixo
Norberto Lobo. guitarra acústica
Encontro tão improvável quanto grandioso de dois músicos com background distinto, mas igualmente respeitável. Norberto Lobo é, sem sombra para qualquer dúvida, um dos músicos mais essenciais em tempos mais ou menos recentes da música feita em Portugal. Guitarrista extraordinário, que já há muito deixou para traz quaisquer coordenadas externas (que tanto passavam pelo legado de John Fahey como pelo fantasma de Carlos Paredes) para chegar uma linguagem única que temos vindo a acompanhar com o maior carinho. Carlos Bica é um daqueles jazzmen notáveis que, apesar de ver o seu trabalho reconhecido lá fora, mantém sempre elos de ligação com a música portuguesa – traçando, nesse ponto simbólico um paralelismo com Norberto Lobo. Prodígio de técnica e sensibilidade sem paralelo no domínio do contrabaixo, Bica é dono de um currículo magnânimo que nunca se sustém nos seus próprios méritos, deixando espaço aberto para uma reinvenção contínua. Ninguém pode prever com legitimidade aquilo que se pode passar quando figuras como estas dialogam entre si, mas será com certeza um daqueles acontecimentos a deixar marcas profundas em todos aqueles que estiverem presentes.
+ info: www.myspace.com/ norbertolobo – www.carlosbica. com
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SÁB. 21 ABRIL / 22h00
Trem Azul Jazz Store
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Cangarra
Cláudio Fernandes . guitarra eléctrica
Ricardo Martins . bateria
Formado por dois dos músicos mais inescapáveis das periferias que interessam, Cangarra alicerça-se de modo titânico na guitarra incandescente de Cláudio Fernandes (também Manuel Gião, ex-Debut!) e na bateria convulsa de Ricardo Martins (Lobster, R-, e um sem número de projectos). Já com três registos auto-editados de forma gratuita, a música dos Cangarra evoca uma coda infinita, em que o limite do solo de guitarra é projectado para um dimensão psicadélica que se vai enredando continuamente na ferocidade do mais hiperactivo baterista do país. Bruta mas de desenho meticuloso, a música dos Cangarra arrepia caminho para fora de categorizações tépidas com toda uma segurança e urgência como há muito não víamos.
+ info: cangarra.tumblr.com
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Canhão / Sousa / Nogueiro / Ferrandini
Guilherme Canhão . guitarra eléctrica
Pedro Sousa . saxofone baritono e tenor
Rui Nogueiro . baixo eléctrico
Gabriel Ferrandini . bateria
Uma estreia absolutamente imperdível, que põe em confronto benigno 2/3 dos Sunflare com o duo de Pedro Sousa e Gabriel Ferrandini. Tendo em conta aquilo que se conhece dos músicos, será seguro prever um concerto incendiário, explosão eminente nos limites do rock psicadélico mais libertário e do free jazz possesso. Entidade grandiosa, onde a bateria de recursos infinitos de Ferrandini e o sopro viral de Sousa encontram as cascatas de riffs e solos das cordas de Guilherme Canhão (guitarra eléctrica) e Rui Nogueira (baixo) para um acontecimento que ameaça estilhaçar todas e quaisquer concepções estanques acerca da música enquanto meio para a transcendência. Os elementos estão todos lá.
+ info: Guilherme Canhao – Sunflarefuzz – Pedro Sousa – Gabriel Ferrandini
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Bobby Brown & Quincy
Pseudónimo de dois nomes bem conhecidos nos meandros da música feita por estes lados. Sérgio Hydalgo é, desde há alguns anos o programador da galeria ZDB e um dos mais activos agentes do país, para o qual só temos palavras de agradecimento. Filipe Felizardo é um dos mais prolíferos guitarristas da actualidade, seja a solo, seja em projectos como ACRE, Häsqvarna ou Bandeira Branca. Quem costuma ficar pela zona do bar da ZDB poderá ter uma ideia daquilo que se vai passar, mas a única certeza é de que será um DJ Set a albergar mundos de música boa.
+ info: Entrevista Hydalgo– ZDB-Music – Entrevist a Felizardo – Myspace Felizardo
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ACTIVIDADES PARALELAS
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TER. 17 ABRIL / 21h30
Trem Azul Jazz Store
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Lançamento do livro Bestiário Ilustríssimo
de Rui Eduardo Paes
“Bestirário Ilustríssimo” é uma nova colectânea de textos sobre música de Rui Eduardo Paes.
O livro será lançado na colecção THISCOvery CCChannel, projecto das associações Chili Com Carne e Thisco.
Intervenções faladas
Rui Neves (curador dos festivais Jazz em Agosto e Jazz im Goethe Garten)
António Branco (crítico de música)
Intervenção musical
Com base no texto “Paganini e a Melancolia”, incluído em “Bestiário Ilustríssimo”
Maria Radich (voz, movimento); João Camões (viola); Carlos Santos (electrónica),
Exposição
Reproduções em serigrafia das ilustrações de Joana Pires incluídas no livro Bestiário Ilustríssimo
+ info: Rui Eduardo Paes – Chili com carne – Rui Neves – Maria Radich – João Camões – Carlos Santos – Joana Pires
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17 a 21 ABRIL
Rescaldo
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Lançamento da editora Shhpuma Records
A Shhpuma é uma nova editora discográfica portuguesa que procura assinalar e celebrar um período de fertilidade e diversidade criativas sem paralelo na história do país.
Será um prolongamento do trabalho entusiasmante desenvolvido pela Clean Feed ao longo da última década, que elevou este selo a um merecido patamar de referência absoluta, à escala global, no espectro do jazz contemporâneo, aventureiro e desafiador.
A Shhpuma procurará dar continuidade a todo este percurso, fazendo uso do know-how acumulado, propondo-se a tarefa de catalogar todo um mundo de música criativa para além do jazz. As edições da Shhpuma procurarão promover alguns dos mais vibrantes nomes, sobretudo nacionais, a trabalhar o som em estado puro, com rigor, critério, propriedade e vitalidade artística inequívocos.
Os primeiros dois lançamentos da editora chegam ao mercado em Abril: a estreia homónima do trio composto por Tiago Sousa, Travassos e Pedro Sousa, os Pão, e o novo trabalho em nome próprio do guitarrista Filipe Felizardo, de título “Guitar Soli for the Moa and the Frog”.
A apresentação destes trabalhos, e o próprio assinalar oficial do nascimento da Shhpuma, acontecerá em íntima ligação com a 5ª edição do Festival Rescaldo, a ter lugar, também em Abril, na Culturgest e na Trem Azul Jazz Store. Ambos, festival e editora, se unem pela natural simbiose entre o catálogo que a Shhpuma prepara e as propostas que o Rescaldo tem levado ao público nacional: um foco especial na outra música portuguesa, que trabalha, laboriosamente, em busca de uma visão artística própria e de uma expressão plena, de olhos postos no futuro.
Info: www.shhpuma.com
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17 a 21 ABRIL
Trem Azul Jazz Store
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Exposição editora Dromos Records
Nascida em 2009 e com sede em Lisboa, a Dromos tem vindo a construir, sem pressas, um catálogo de respeito que, partindo das premissas mais queridas da edição em CD-R as tem dotado de um criterioso trabalho gráfico que torna cada uma das suas edições num objecto fascinante. Promovendo, dessa forma, a comunhão entre a música e as artes plásticas – com os préstimos de artistas plásticas como Martha Colburn ou Natalie Westbrook – a Dromos editou já trabalhos de nomes como Tetuzi Akiyama, Thollem Mcdonas, Wasteland Jazz Unit ou Olaf Rupp, numa demanda louvável que urge seguir com atenção.